A audição é
um dos sentido essenciais para garantir a comunicação
e o convívio social. Além disso, o
desenvolvimento da fala e da linguagem dependem
dela. A audição está ligada
também a função de alerta,
como por exemplo ao escutar uma buzina, uma sirene,
a chaleira fervendo, entre outros.
Nossa orelha é dividida em três partes
e tem diferentes funções:
1
- Orelha Externa: É
composta pelo pavilhão auricular, pelo
meato acústico externo e pela membrana
timpânica. É a parte mais visível
da orelha e tem função de coletar
as ondas sonoras e conduzir o som até
a membrana timpânica.
2
- Orelha Média:
Espaço dentro do osso temporal que
é preenchido por ar. Neste espaço
encontram-se ainda três ossículos
(martelo, bigorna e estribo), que são
considerados os menores ossos do corpo.
Essas estruturas tem o papel de transferir
o som da membrana timpânica para orelha
interna.
3
- Orelha Interna: É
formada pela cóclea, pelo vestibulo
e canais semicircularaes, que possuem cavidades
preenchidas por líquidos. A Cóclea
é uma estrutura em forma de caracol
que possue células ciliadas capazes
de amplificar e encaminhar as informações
sonoras para o nervo. Além disso, as
outras estruturas da orelha interna, são
responsáveis pelo equilíbrio.
Toda a informação sonora passa
por estas três partes da orelha e por fim,
o nervo leva esta informação até
o cérebro, que é responsável
por interpretar, decodificar e entender o som.
• Conversas com amigos,
familiares e pessoas em geral;
• Assistir televisão;
• Ouvir rádio e música;
• Ir à igreja;
• Na sala de aula ou em palestras;
• Cinema ou teatro;
• No trânsito ao dirigir ou atravessar
a rua;
• No trabalho, para se relacionar com os
colegas e clientes;
• Você tem problemas para compreender
a fala ao telefone?
• Seus familiares reclamam do volume da
TV quando você está assistindo?
• O barulho lhe atrapalha para compreender
o que as pessoas lhe falam?
• Você costuma pedir para que as
pessoas repitam o que disseram ou que falem
mais alto?
• Você tem zumbido?
Se você respondeu SIM
para mais de uma das perguntas acima você
pode apresentar algum problema auditivo. Procure
um especialista!
Perda auditiva é a falta
de habilidade ou diminuição da capacidade
de perceber ou detectar a presença de sons.
Um indivíduo pode nascer com essa deficiência
ou ela pode se instalar ao longo da vida por diversas
causas.
De acordo com o local da lesão responsável
pela deficiência é que se pode caracterizar
o tipo da perda auditiva, classificada em:
• Condutiva: resultante
de uma alteração na orelha externa
e/ou média (excesso de cera, quadros gripais,
otites, etc) que impede a passagem natural do
som, podendo gerar a sensação de
“som abafado”, pressão no ouvido,
zumbido, dor, entre outros.
•
Neurossensorial: resultante de
um comprometimento do órgão responsável
pela audição (cóclea) ou
do nervo auditivo. Em geral, acarreta perda da
qualidade dos sons, que podem se tornar “distorcidos”
e muitas vezes incompreensíveis. As perdas
auditivas induzidas por ruído e as perdas
provenientes do envelhecimento são exemplos
deste tipo de perda auditiva.
•
Mista: resultante da presença
simultânea de alterações do
tipo condutiva e neurossensorial, em uma mesma
orelha.
É possível saber o grau da perda
auditiva através do exame de audiometria
tonal liminar, o qual busca quantificar a audição
de um indivíduo, ou seja, saber qual
a intensidade mínima de som que ele é
capaz de ouvir. A perda auditiva pode ser classificada
como de grau leve, moderado, severo ou profundo
(Davis & Silvermann, 1970). Existe ainda,
a perda total da capacidade auditiva, chamada
de cofose ou anacusia.
A perda auditiva pode se instalar
de forma repentina (surdez súbita) ou evoluir
aos poucos, ao longo dos anos. Nesse último
caso o indivíduo passa a perceber de fato
a dificuldade quando o distúrbio já
se encontra em estágio bastante avançado
e a intervenção nesse momento pode
não ser tão eficiente quanto poderia
ter sido se fosse realizada mais precocemente.
Fique atento para algumas dificuldades específicas,
como:
• O indivíduo com
perda auditiva sente necessidade de aumentar o
volume da televisão ou rádio para
poder ‘ouvir melhor’ e, mesmo assim,
pode não compreender muito bem; pede repetição
da fala ao conversar com as pessoas; entende errado
algumas palavras ou até mesmo frases inteiras;
pode se incomodar com sons muito intensos (gritos,
música alta, vozes muito altas, etc); não
consegue compreender a fala em ambientes ruidosos;
• Os amigos e familiares têm dificuldade
durante a comunicação, pois o
indivíduo com perda auditiva não
consegue compreendê-los. Esse tipo de
situação gera desgaste nas relações
familiares e é comum o isolamento daqueles
que tem dificuldades auditivas.
Com a instalação da perda auditiva,
novos comportamentos vão sendo adotados,
como uma forma de adaptação às
dificuldades que inicialmente se apresentam
sutilmente, mas que com o tempo podem se tornar
severas e irreversíveis. Portanto, não
espere para procurar um especialista e realizar
uma avaliação! Use o tempo a seu
favor!
Quando o tratamento medicamentoso
e/ou cirúrgico é descartado, a
forma de tratamento escolhida é a estimulação
auditiva, por meio da amplificação
sonora individual (uso de próteses auditivas).
As próteses auditivas servem como um
amplificador de todos os sons, devolvendo o
volume principalmente para os sons da fala.
O uso de próteses auditivas é
uma forma de tratamento, essencial para manter
ativa a estimulação auditiva e
a preservação das vias nervosas
responsáveis por essa habilidade no Sistema
Nervoso Central. Auxilia na manutenção
da convivência social, da cognição
e memória. É importante lembrar
que este tipo de intervenção deve
ser indicada pelo médico otorrinolaringologista.
Outros tipos de intervenção podem
ser adotados juntamente com a colocação
das próteses, para reforçar e
aumentar a eficiência do tratamento com
amplificação.
• Terapia de reabilitação
auditiva: o paciente reaprende a ouvir
fazendo uso das próteses auditivas, recuperando
aos poucos as habilidades auditivas perdidas
em função da deficiência.
As sessões ocorrem semanalmente ou conforme
determinação do terapeuta.
• Terapia do zumbido (próteses
auditivas com gerador de ruído):
são próteses indicadas para o
tratamento da dessensibilização
do zumbido e podem ser utilizados tanto pelas
pessoas com perda auditiva, como pelas que apenas
tem queixa de zumbido. O gerador de ruído
funciona como um estímulo contínuo,
um som agradável e de escolha do paciente,
que vai servir para desviar a atenção
do seu próprio zumbido. O tratamento
exige paciência e persistência,
pois os resultados aparecem em longo prazo.
O equilíbrio corporal depende
do bom funcionamento dos sistemas vestibular (labirinto
e nervo vestibulococlear), visual (olhos) e proprioceptivo
(músculos, tendões e articulações).
As informações (estímulos)
desses sistemas são transmitidas, através
dos nervos, para o cérebro.
O labirinto informa sobre a direção
dos movimentos realizados pela cabeça e
pelo corpo, os olhos informam a posição
do corpo no espaço, enquanto que o sistema
proprioceptivo informa em qual superfície
o corpo está em contato e também
sobre qual movimento o corpo está fazendo
e quais partes envolvidas.
Ao receber esses estímulos o cérebro
interpreta e processa. Todas as informações
devem ser coerentes, para que haja o controle
do equilíbrio corporal.
O labirinto ou orelha interna
está situado no interior do ósseo
temporal, é formado pelos canais semicirculares,
pela cóclea e pelo vestíbulo.
A cóclea está localizada na parte
anterior do labirinto e é responsável
pela audição, os canais semicirculares
estão localizados na parte posterior
e são relacionados com o equilíbrio.
A estrutura que une a cóclea e os canais
semicirculares é o vestíbulo.
Os canais semicirculares estão dispostos
perpendicularmente entre si, havendo três
em cada orelha: canal semicircular anterior,
posterior e lateral. A principal função
dos canais semicirculares é a detecção
e orientação da posição
da cabeça no espaço.
A tontura não é
uma doença, mas sim um sintoma, que deve
ser interpretado como um sinal de que algo não
está bem. A tontura é qualquer sensação
de perturbação do equilíbrio
corporal, uma ilusão de movimento do corpo
ou ambiente ao seu redor.
O tipo de tontura mais comum é a vertigem,
que se caracteriza por ser uma tontura rotatória.
Outros tipos de tontura são chamados de
tonturas não-rotárias, que seriam
o desequilíbrio, a queda, a instabilidade,
a sensação de flutuação,
entre outros.
As crises de tontura muitas vezes podem vir acompanhadas
de náuseas, vômitos, dor de cabeça,
zumbido, perda da audição, dor de
ouvido, palidez e sudorese.
O termo labirintite é frequentemente
utilizado, de forma inadequada, para definir qualquer
episódio de tontura, que comprometa o equilíbrio.
“Labirintite” é corretamente
empregado quando se refere a alguma inflamação
ou infecção do labirinto.
Quaisquer alterações do labirinto,
que provoquem alteração no equilíbrio
são chamadas de labirintopatias, dentre
elas está à labirintite, assim como:
Vertigem Posicional Paroxística Benigna,
Doença de Ménière, Cinetose
e outras.
As causas das labirintopatias são inúmeras,
porém podemos citar as mais frequentes:
Após a investigação
das causas da tontura, os tratamentos mais indicados
são: a reeducação alimentar,
o tratamento medicamentoso e a reabilitação
vestibular.
Quando diagnosticado algum tipo de labirintopatia,
a reabilitação vestibular deve ser
indicada pelo médico e realizada pelo profissional
especialista, o fonoaudiólogo.